Os primeiros filmes que a Disney lançou foram ótimos. Branca de Neve e os Sete Anões, Pinóquio, Fantasia, Dumbo, Bambi, etc. Depois, começaram a ser lançados os filmes menores da empresa (como Peter Pan, Mogli – O Menino Lobo, etc). Em 1989, a “era dos filmes ótimos” recomeçou com o lançamento de A Pequena Sereia. Em 1991, A Bela e a Fera foi lançado.
O clássico musical da Walt Disney (e até hoje um dos melhores) até hoje consegue emocionar e divertir os espectadores, com o carisma de seus personagens e suas músicas encantadoras. Lembrando que A Bela e a Fera foi a única animação que, até hoje, foi indicada ao Oscar de Melhor Filme.
A história se passa numa pequena aldeia da França onde vive Bela, a filha de um inventor maluco, e ao saber que seu pai fora aprisionado por um monstro num castelo, corre até lá e fica no lugar do pai. O que ela não sabe é que o terrível monstro é um príncipe enfeitiçado, e só ela pode trazê-lo à sua forma humana.
Essa animação tinha tudo para ser a melhor do estúdio, falhando por pouco. A história é boa. Contém as cenas engraçadas, o romance, o drama e, é claro, a luta no fim. Como eu já disse, os personagens são muito “bonitinhos e engraçados”, afinal, quem não se encanta com os personagens Lumière, o castiçal, Orloge, o relógio que nunca se dá bem, e Madame Samovar, a boa chaleira? A trilha sonora é excelente! E não é apenas pelas canções ótimas. A música de fundo também é muito boa. O desfecho do filme é o melhor. Todos os personagens se juntam para combater o mal (me desculpe se contei algo importante).
Então, tudo neste filme é perfeito, desde os mínimos detalhes. Desde os personagens principais até os personagens figurantes que ficam no fundo (sim, pois se você perceber, os personagens de fundo fazem várias palhaçadas).
O que acho mesmo interessante é uma parte no final do filme (quando Gaston canta). A canção The Mob Song tem um ritmo bem acelerado e empolgante, e combina bem com a situação (afinal, há muita movimentação e tensão nesta cena). Você já viu o filme, com certeza sabe do que estou falando.
Mas há um problema. Este filme também tem aquele velho clichê que há em várias filmes (em que o personagem tem um sonho e tenta realizá-lo). Isso já está batido. Neste filme, o sonho da personagem é sair da monótona aldeia, onde todos os dias são iguais. Então, neste ponto, acho que o roteiro é um pouco fraco.
Também acho interessante uma coisa no roteiro. Há os dois personagens: Gaston e a Fera. Os dois querem conquistar a personagem. Gaston é um humano, a Fera não. Você deve estar se perguntando o que eu quero dizer com isso. Vou explicar meu raciocínio. No começo do filme, Gaston está todo arrumado, com seu cabelo preso, e sorrindo, com seu jeito de galã. A Fera está toda selvagem, quebrando o castelo, rugindo para todos os lados. Assim estão os personagens no começo do filme. No final, é o contrário. A Fera está com sua roupa de príncipe, está cavalheiro… até dança com Bela! Gaston, não! Está gritando, com um ódio tremendo da Fera, seus cabelos soltos e seu olhar de ódio. Quanto mais humano a Fera fica, mas desumano Gaston está se tornando.
Então, vou terminar aqui esta crítica, pois se for falar todas as qualidades deste filme, esse texto não seria uma crítica. Seria um livro de mil páginas (só de qualidades desta grandiosa animação). Então, se você não gosta deste filme, dê uma chance a ele, assista com mais atenção… Tenho certeza que irá gostar. Se não gostar, espero que goste pelo menos dos personagens do filme. Bem, isso nem preciso pedir para você fazer, afinal, quem não se encanta com Lumière, Orloge e Madame Samovar?
Escrita em 08/11/2008
Correção: Na época, A Bela e a Fera era a única animação a ser indicada ao Oscar de Melhor Filme, mas na última edição que ocorreu, em 2010, Up - Altas Aventuras também foi indicada.
Quem se interessou, poderá ver o filme aqui mesmo no blog clicando aqui.
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