FILME: O Homem Errado (1956)
Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Maxwell Anderson e Angus MacPhail
Elenco: Henry Fonda, Vera Miles, Harold J. Stone e Anthony Quayle
É difícil, muito difícil resumir todas as formosuras de uma obra tal qual essa, em questão. Um pequeno grande suspense que começa mais parecendo com uma comédia (Olha, você precisa confiar no seu taco para sobrepor gêneros), uma pérola criminal de fôlego interminável após muitas visitas (ou sou um fã exagerado pedindo para ser julgado, ou alguém muito fácil pra hipnotizar). O fato é que O homem errado contém o mesmo grau de perpetualismo de Psicose, a esperteza dos movimentos de câmera de Janela indiscreta que nos deixam como voyeur da história, a mesma imprevisibilidade de Um corpo que cai devido às reviravoltas falsamente pré-planejadas antes de acontecerem, enfim, nada impediria tal clássico de ser a Magnum opus de Hitchcock... Isso se ele não tivesse incontáveis para pôr na mesa e rever, estudar, se humilhar diante de tal genialidade
Sinopse: Um homem comum é acusado de roubo, e sem saber lidar com a situação, desce ao inferno sem saber se voltará ou não a sua pacata vida anterior.
FILME: Vá e Veja (1985)
Direção: Elem Klimov
Roteiro: Alexander Adamovich, Elem Klimov
Elenco: Aleksei Kravchenko e Olga Mironova
"O Pianista" e "A Lista de Schindler". Dois filmes americanos bastante badalados pertencentes ao cenário da segunda guerra mundial, e que bebem, como praticamente todos os outros do épico de 1985, extremamente subestimado por crítica e público. O filme é uma compilação de cenas icônicas inesquecíveis a qualquer um, cheio de ápices dramáticos e cenas de tirar o fôlego, abusando dos limites que os nazistas ultrapassaram ao sacrificar judeus de todas as maneiras. O cinema americano até hoje, ao fazer algo relativo ao tema tenta ser audacioso como este da União Soviética, e geralmente não consegue... Pois é Americano, precisa ser audacioso e social ao mesmo tempo. Vale ressaltar, numa época onde não haviam grandes referências artísticas, o domínio fílmico geral do diretor ao contar uma grande odisseia em meio a tantas insanidades. Os closes na face e a ferocidade da atuação do personagem principal culmina tudo num clássico definitivo, um dos grandes dos anos 80.
Direção: Alfred Hitchcock
Roteiro: Maxwell Anderson e Angus MacPhail
Elenco: Henry Fonda, Vera Miles, Harold J. Stone e Anthony Quayle
É difícil, muito difícil resumir todas as formosuras de uma obra tal qual essa, em questão. Um pequeno grande suspense que começa mais parecendo com uma comédia (Olha, você precisa confiar no seu taco para sobrepor gêneros), uma pérola criminal de fôlego interminável após muitas visitas (ou sou um fã exagerado pedindo para ser julgado, ou alguém muito fácil pra hipnotizar). O fato é que O homem errado contém o mesmo grau de perpetualismo de Psicose, a esperteza dos movimentos de câmera de Janela indiscreta que nos deixam como voyeur da história, a mesma imprevisibilidade de Um corpo que cai devido às reviravoltas falsamente pré-planejadas antes de acontecerem, enfim, nada impediria tal clássico de ser a Magnum opus de Hitchcock... Isso se ele não tivesse incontáveis para pôr na mesa e rever, estudar, se humilhar diante de tal genialidade
Sinopse: Um homem comum é acusado de roubo, e sem saber lidar com a situação, desce ao inferno sem saber se voltará ou não a sua pacata vida anterior.
Por que o filme merece ser redescoberto? O filme não conta com uma grande história, mas a forma magistral como é narrada o faz ser merecido de uma boa e velha descoberta por parte dos cinéfilos mais jovens, que desconhecem as raízes do que eles veneram hoje em dia! E quanto ao domínio preciso de Hitch, e por mais arrebatador que pareça NÃO presunçoso ao demonstrar suas histórias? Inadjetivável, O homem errado é para aqueles que se perguntam "Porque Hitch é considerado mestre do suspense?"
FILME: Vá e Veja (1985)
Direção: Elem Klimov
Roteiro: Alexander Adamovich, Elem Klimov
Elenco: Aleksei Kravchenko e Olga Mironova
"O Pianista" e "A Lista de Schindler". Dois filmes americanos bastante badalados pertencentes ao cenário da segunda guerra mundial, e que bebem, como praticamente todos os outros do épico de 1985, extremamente subestimado por crítica e público. O filme é uma compilação de cenas icônicas inesquecíveis a qualquer um, cheio de ápices dramáticos e cenas de tirar o fôlego, abusando dos limites que os nazistas ultrapassaram ao sacrificar judeus de todas as maneiras. O cinema americano até hoje, ao fazer algo relativo ao tema tenta ser audacioso como este da União Soviética, e geralmente não consegue... Pois é Americano, precisa ser audacioso e social ao mesmo tempo. Vale ressaltar, numa época onde não haviam grandes referências artísticas, o domínio fílmico geral do diretor ao contar uma grande odisseia em meio a tantas insanidades. Os closes na face e a ferocidade da atuação do personagem principal culmina tudo num clássico definitivo, um dos grandes dos anos 80.
Sinopse: É a odisseia de Florya Gaishum, mais uma vida sobressalente numa guerra de cunho suicida, na bielorússia. A medida que a guerra se desenrola, ele perde sua inocência através das piores e mais inimagináveis formas, cores e sensações.
Por que o filme merece ser redescoberto? O filme merece ser redescoberto por ser o melhor representante da segunda guerra mundial no cinema. Nenhuma obra até hoje foi tão fundo no tema e na intensidade natural dos conflitos bélicos dessa sofrível parte do século XX. Vale também pelo realismo adotado, sem subverter através da ficção nenhum elemento que é apresentado na tela, e pela já comentada atuação do jovem ator Aleksei Kravchenko e da outra sobrevivente, a atriz Olga Mironova. Atuações sublimes num filme de nervos a flor da pele do início ao fim.
FILME: Mineirinho - Vivo ou Morto (1967)
Direção: Aurélio Teixeira
Roteiro: Aurélio Teixeira e Braz Chediak.
Elenco: Jece Valadão, Leila Diniz, Fábio Sabag e Gracinda Freire. Participação de Milton Gonçaves.
Para quem já viu ambos os filmes, é impossível assistir a 'Mineirinho – Vivo ou Morto', a obra-prima de Aurélio Teixeira, sem tecer associações a 'Assalto ao Trem Pagador', clássico de Roberto Farias. Não é por menos: O filme de Teixeira foi realizado poucos anos após o de Farias, e as referências/influências são gritantes. A dialética extremamente popular para a época, por exemplo, torna 'Mineirinho' mais acessível, atual, porém os tom teatrais das atuações e do ritmo fílmico acabam por evitar a força do objetivo pop e descolado que o filme gostaria de nos atingir, com suas gírias, com seus personagens tão identificáveis a maioria das audiências. Não que isso atrapalhe a sessão ou miniminize o impacto da obra: A magnum opus de Aurélio Teixeira foi castigada pelo tempo, e sofreu isso devido os outros filmes policiais estrangeiros muito mais badalados e bem produzidos, mas como não poderia deixar de ser, tais filmes não devem em nada para este, que mais parece muitas vezes com um faroeste americano/italiano da década de 50 ambientado num cenário urbano tipicamente brasileiro dos anos 60.
Sinopse: Ao se envolver em uma morte em um bar, o homem comum se vê numa situação extraordinária, perseguido pelo crime e pela lei, numa bola de neve contra sua vida sem chances claras para escapar.
Por que o filme merece ser redescoberto? O filme merece ser redescoberto por ser uma pérola da cinematografia brasileira, por pertencer à safra da vanguarda desse cinema ainda tão jovem, por também apresentar um personagem (o mineirinho do título) que acaba por ser um Robin Hood social, nem bom nem mau, e por ser o filme chave de um dos melhores diretores do cinema brasileiro.
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