sábado, 1 de janeiro de 2011

Sweeney Todd - O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet (2007)

Primeira crítica escrita para o blog VIPipoca Cine, que antes ocupava o espaço do Diário Cinéfilo.
Escrita em 30/08/2008

Não é segredo para ninguém soubre a parceria que Tim Burton tem com Johnny Depp. Desde 1990, com filmes como Edward Mãos de Tesoura e Ed Wood, passando por A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, A Fantástica Fábrica de Chocolate e A Noiva Cadáver. Esses são cinco dos seis filmes que a dupla já produziu, com Burton na direção e Depp em cena. O filme que vou comentar agora, é o filme mais recente da parceria “Depp-Burton”: Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet, que é, em minha opinião, o melhor trabalho da equipe até agora.

Bem, vou direto ao assunto: Johnny Depp continua atuando maravilhosamente bem - ele já virou "expert" em dar vida a personagens esquisitos e excêntricos, como Edward, Willy Wonka, ou Jack Sparrow (Piratas do Caribe). A única diferença é que, filmes já citados, ele não canta, só atua. Diferente deste, onde solta sua voz, cantando e dançando ao lado de Helena Bonham Carter. Helena é a esposa do diretor, por isso, já esteve presente em três filmes da parceira “Depp-Burton” (A Fantástica Fábrica de Chocolates, onde interpreta a Sra. Bucket, A Noiva Cadáver, onde faz a voz da Noiva Cadáver na versão original e este filme).

A história do filme começa quando Benjamin Barker, o barbeiro (Johnny Depp), retorna a Londres após ser preso injustamente pelo Juiz Turpin, interpretado por Alan Rickmann (o professor Severo Snape da série Harry Potter). Ao chegar lá, conhece a Sra. Lovett (Helena Bonham Carter), uma cozinheira que não obteve muito sucesso com suas tortas horríveis. Ela conta a Benjamin que, o juiz, após prendê-lo, estuprou sua esposa Lucy e aprisionou sua filha, Johanna. Barker muda o nome para Sweeney Todd e decide se vingar.

O filme é um musical, o que muitos consideram seu ponto fraco. Mas para um fã de musicais, como eu, não é problema (pelo contrário: eu quis mais vê-lo por ser um musical). Mas não podemos esquecer que Sweeney Todd foi baseado em uma peça teatral, e suas canções foram todas adaptadas para esta versão Burtoniana também. E, por fala nisso, são canções maravilhosas como Johanna, Epiphany, By the Sea, Pirelli’s Miracle Elixir, Wait, The Worst Pies in London e Pretty Women (e outras muito boas, também). Nos filmes que eu citei há pouco, como eu disse, Johnny Depp não canta. Mas Helena Bonham Carter já mostrou ter um ótimo controle sobre sua voz no filme A Noiva Cadáver - e aqui ela repete sua proeza maravilhosa de se ouvir. Não me lembro de ver Alan Rickman cantando em outro filme que não fosse esse e, sinceramente, eu preferia não ter visto. Assim como Johnny Depp, que não canta bem, ao meu ver.

Outras coisas que aprecio neste filme são os cenários obscuros (natural, quando vindo de Tim Burton), o clima sombrio, uma direção de arte divina e que mereceu o Oscar, ótimos figurinos. A parte visual e a parte sonora (a "parte técnica", em geral) é o que mais dá força aos filmes de Burton. Aqui, também, é claro.

O filme também conta com a participação de Timothy Spall (o Nathaniel, do filme Encantada, da Walt Disney e também o Pedro Pettigrew, de Harry Potter) como o papel de Beadle, um amigo do Juiz Turpin. Timothy também canta uma canção, e poderia cantar bem se não fosse por sua voz esganiçada com um leve tom de irritação (analisando por esse lado - Spall, Depp e Rickman -, acho que sei porque muitos acharam um ponto fraco terem escolhido um musical para produzirem).

O roteiro foi adaptado com maestria para as telas, mantendo as características principais da peça (é raro isso acontecer). Aliás, foi uma obra muito bem escolhida. A história da peça é fantástica, e o desfecho é fascinante! E a direção de Burton não deixa por desejar.

Essa parceira “Depp-Burton”, como eu já disse, enriqueceu o cinema com obras lindas de se ver, ouvir e sentir, e espero que não pare por aí. Espero que os dois continuem juntos, fazendo obras cada vez melhores. Uns trinta, pelo menos, eu não digo, mas que esperarei muito das próximas obras dessa dupla que for ver, isso eu garanto.



Veja também:


Wallpapers do filme para o seu computador
Para usá-los, é fácil! Primeiro, você clica em uma das imagens para abrí-la em uma página ampliada. Depois, clica na imagem já ampliada com o botão direito do mouse e escolha uma opção para definí-la como plano de fundo da tela do seu computador.

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Confira mais papéis de parede desse e de outros clicando aqui.

2 comentários:

Unknown disse...

Concordei com muitas coisas, mais devo discordar de umas... Acho que para um ator como Johnny Depp (amo) achei que ele foi excelente ao cantar, ele tem um voz bonita e isso foi o que mais gostei esse filme (as músicas) a Helena (adoro) foi excelente também, já que já avia cantado em outro filme (a noiva cadáver). Gosto muito dos Filmes do Tim! Acho ele um excelente diretor :) Com certeza esse foi o melhor filme do Trio, mais estou louca para ver o filme Dark Shadows que também promete ser um sucesso (também com Johnny, Tim e Helena não dá pra ficar ruim)
Bem é isso, gostei muito do seu post :)

BJS.Nandoca

Giba Motta disse...

Sensacional! É o que se pode considerar uma "pequena-infinita obra-prima". Tim Burton é -talvez- um dos únicos genios sobreviventes atuando na máquina de moer carnes de Holywood. Brilhante mesmo, ainda mais com Deep, Helena e elenco de primeira. A fotografia é outro caso genial a parte. Mais Tim...mais Tim....MAIS!!!!! gILBERTO mOTTA - sc