quinta-feira, 31 de março de 2011

Zohan - Um Agente Bom de Corte (2008)


"Simplesmente infeliz."
Adam Sandler. Pode ser considerado o maior humorista da nova geração, mas não por ser engraçado, e sim por fazer muito sucesso entre os jovens e adolescentes fãs das comédias atuais. Ultimamente, pode ser que Sandler esteja fazendo mais sucesso do que Jim Carrey, o que é uma tremenda injustiça.

Os trabalhos de Sandler – na maioria das vezes – são razoáveis. Click começa bem, mas logo se torna um Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças em sua versão mal dirigida; O Paizão é apenas um filme para os pais e filhos se divertirem; Eu os Declaro Marido e... Larry, talvez, seja seu pior trabalho, quase chegando ao desastre supremo. Mas há os bons trabalhos (Espanglês, Como Se Fosse a Primeira Vez, etc.), mas como isso é uma crítica sobre um de seus trabalhos, e não uma biografia com a filmografia completa do humorista, vamos falar logo desse filme: Zohan – O Agente Bom de Corte.

Eu tive uma certa simpatia pelo Sandler. Mas não uma grande simpatia, e sim uma “simpatiazinha”. O máximo que eu achava dele era “um bom ator”. Nada mais do que isso. Esse é o limite, a fronteira final. Mas nesse último, ele se superou (quer dizer... “Quase”, pois nada pode ser pior do que “Eu os Declaro...”).

Zohan, um israelita super forte, finge sua própria morte e vai para os Estados Unidos, onde trabalha de cabeleireiro, seu sonho. Mas ele não apenas corta os cabelos das idosas que vão lá. Ele faz coisas mais quentes, e logo a cidade inteira quer cortar o cabelo com Zohan.

“Ahh, que sinopse engraçada. O filme deve ser bom.” Não se engane, meu caro. Não se deixe levar pela aparência. Nunca julgue um filme pela sinopse. Nem pelo seu ator. Nem pelo seu título E nem, é claro, pela capa. Veja esperando uma coisa muito engraçada e seu mundo desabará. Quem avisa amigo é.

Esse filme, na verdade, nada mais é do que um trabalho porco, mal feito, com piadinhas incessantes e sem-graças, poucas cenas hilárias, atuações fedegosamente más e um humor... Bem... “sujo”, se podemos dizer assim, fazendo piadas ofensivas (algumas vezes até racistas) e, infelizmente, desta vez Sandler não conseguiu. Não deu certo. Um plano indo para as cucuias.

Nunca vi (além de Larry, é claro – ou será Chuck?) um personagem de Adan Sandler tão mal construído, bizarro, ridículo, esdrúxulo, podre, mal-feitor, baderneiro, preconceituoso, tarado, metido e se achando o engraçado (se bem que nessa última característica eu me referi ao ator). Usando um sotaque de Israel muito... “diferente” (para ser mais eufemista e não dizer “fajuto”), o personagem não consegue interessas os espectadores entediados. Exceto, claro, aqueles que adoram o Adam Sandler.

Aliás, todos os personagens do filme seguem a trilha do principal. Além disso, o roteiro, além de não possui personagens interessantes e cenas engraçadas, não consegue nem mostrar um pouco do conflito de Israel e Líbano. Na verdade, o roteiro não consegue nada. Nunca vi roteiro tão inútil como esse.

A direção patética, “amadora”, relaxada, distraída, apressada, estressada e, principalmente, gananciosa, não consegue fazer porcaria nenhuma nesse filme, nem sequer mostrar uma das qualidades. A parte sonora e a parte visual são horrorosas! Nem sei se esse filme tem uma qualidade. Quer dizer... tem.

Claro que o filme não é um desastre completo. Há algumas ceninhas engraçadinhas e que podem provocar um daqueles risos em que a personagem Mary Poppins mostra em seu filme (risos, forçados, amarelos, ou como ela mesmo diz, “horríveis”). Mas o filme consegue arrancar uns risinhos, sim. Nada de gargalhada. Nem mesmo uma risada. Está mais para um “sorrisinho”, sem abrir a boca.

Ah, quase ia me esquecendo de outro defeito do filme: tem Rob Schneider no elenco. Sim, ele mesmo. Rob Schneider, aquele péssimo humorista, que perde no humor até para o Renato Aragão, e que quase nunca conseguiu com nenhum de seus filmes alcançar um elogio. Schneider é o pior humorista que surgiu na face da Terra, que mercê levar tomadas, ovadas, bananadas, laranjadas, abacaxizadas. Merece ser vaiado até os espectadores perderem a voz. E aqui ele não muda. Continua com sua atuação de oitava categoria, com seu humor pior que tapa na cara.

O final do filme é uma das melhores qualidades. Uma cena em que Zohan e Phantom começam a cantar e coisas começam a acontecer (não posso dizer o que é: SPOILERS, SPOILERS, SPOILERS), é uma cena, no máximo, agradável. O melhor de tudo.

Não posso me esquecer, é claro, do grupo de atores secundários e esquecidos. Para resumir e não ficar perdendo tempo, vou logo dizer que eles são horríveis, péssimos, canastras e desorientados.

E aqui termina mais uma delicada e desapontada crítica de um filme do Sandler, que decepcionou a todos os seus não-fãs (porque, provavelmente, os fãs vão gostar). O que Adam Sandler precisa é, na verdade, mudar seu estilo de fazer comédia. O humor desse filme, por exemplo. Parece filme do Sacha Baron Cohen - a direferença é que este segundo é mais divertido e inteligente, não se esqueçam. INOVAÇÃO é o que esse ator precisa. E enquanto ele não se inovar... “Adeus, sucesso.”
NOTA: 3.0



3 comentários:

Rafael W. disse...

Acho mediano. É tão estúpido que chega a divertir um pouquinho.

http://cinelupinha.blogspot.com/

Andinhu S. de Souza disse...

Ah esse filme é bem ruizinho mesmo. De mau gosto!

Mas confesso que ri na cena do salão de belas com as velhinhas. uahauhauah

Anônimo disse...

De tanto ruim que o filme é, ficou até engraçado!