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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Scorsese, Rocha e Cinemas interligados


O diretor Martin Scorsese é certamente um dos melhores diretores norte-americanos em atividade - muitos inclusive o consideram o melhor! Nesta entrevista de 2 partes, abaixo e legendada, Martin descreve suas impressões sobre "O dragão da maldade contra o santo guerreiro", obra do realizador brasileiro Glauber Rocha. Para quem é conterrâneo e prestigia a filmografia de ambos mestres, o vídeo se torna impagável. Confira:


Parte 1:

Parte 2:

sábado, 19 de março de 2011

Parecidos? Talvez...

Aaron Johnson interpretou John Lennon em 'O Garoto de Liverpool'
Um dos grandes desafios dos atores atualmente é interpretar pessoas que já existiram. Além de ter que montar um personagem com as características próprias de alguém específico - o que não é nada fácil -, há ainda a maquiagem, o figurino e o resto da parte técnica responsável por fazer aquele ator ficar parecido com a personagem que está interpretando.
Aqui vão algumas pessoas que foram levadas recentemente à tela na pele de outros atores e as fotos de ambos. Parecem ou não?

Julia Child (cozinheira e apresentadora de televisão - interpretada por Meryl Streep)


Harvey Milk (político gay norte-americano - intepretado por Sean Penn)

Edith Piaf (cantora francesa - interpretada por Marion Cotillard)

Rainha Elizabeth II (rainha da Inglaterra - interpretada por Helen Mirren)

J.M. Barrie (escritor, criador de Peter Pan - interpretado por Johnny Depp)

Adolf Hitler (ditador nazista - interpretado por Bruno Ganz)

Maria Antonieta (rainha da França - interpretada por Kirsten Dunst)

Che Guevara (político, escritor e médico - interpretado por Benício Del Toro)

John Lennon (cantor e compositor - intepretado por Aaron Johnson)

Raquel Pacheco / Bruna Surfistinha (garota de programa - interpretada por Deborah Secco)

Marilyn Monroe (atriz - interpretada por Angelina Jolie)

Coco Chanel (estilista francesa - interpretada por Audrey Tautou)

Ray Charles (cantor - interpretado por Jamie Foxx)

Mark Zuckerberg (criador do Facebook - interpretado por Jesse Eisenberg)

Hachicko (cachorro que todo dia esperava seu dono chegar do trabalho - ator desconhecido)
 
O que uma boa equipe técnica não faz (ou tenta), não é mesmo?

domingo, 13 de março de 2011

Nos moldes da Disney



Em sua carreira, a Disney sempre teve altos e baixos. Começou muito bem com suas animações entre as décadas de 30 e 40, depois teve uma grande decaída, depois voltou ao auge e tornou a despencar novamente... e por aí vai. Então, a Disney sempre foi marcada por 'épocas'.

Quem aprecia as animações dos estúdio e já assistiu diversas delas, provavelmente concordará que a melhor época da Disney ocorreu entre 1989, com o lançamento de A Pequena Sereia, até 1994, quando O Rei Leão encerra o período, englobando também A Bela e a Fera e Aladdin.

Esses três, feitos na mesma época, são até hoje os mais populares e aclamados filmes da Walt Disney, que fez a produtora reviver novamente (pois antes disso, estava sendo quase esquecida). E se percebermos bem, podemos até encontrar algumas semelhanças no roteiro desses quatro filmes, como se eles tivessem seguindo um mesmo molde e saíssem todos com a mesma forma, porém com histórias e personagens diferentes.

Resumidamente, esses quatro filmes podem ser descritos assim:

1 - Há um prólogo contando alguma coisa importante para a história (ou não).
2 - Apresenta um personagem e mostra que ele tem um sonho (e ele canta uma música a respeito disso).
3 - Há um acontecimento que muda a vida do personagem para sempre.
4 - Mostra como está a nova vida dele.
5 - Há uma cena romântica entre o personagem e a criatura que ama (e também há uma canção a respeito disso).
6 - Luta contra o vilão.
7 - Todos vivem felizes para sempre.
Se você duvida que há esses elementos presente nos quatro filmes, explicarei agora como cada uma dessas características se encaixa na história.
ATENÇÃO: Abaixo, você encontrará spoilers que podem acabar com a graça do filme depois. Se você não viu algum desses quatro filmes, recomendo que não leia.

1 - Prólogo

A Pequena Sereia começa com uma certa movimentação no fundo do mar, afinal todas as criaturas marinhas estão indo assistir à uma apresentação em que a filha do Rei Netuno irão cantar. Porém, Ariel não aparece.
No começo de A Bela e a Fera, somos presenteados por um narrador contando como a Fera se tornou aquele monstro terrível, e como o feitiço poderá ser quebrado.

Aladdin tem início com a música "Arabian Nights" (aqui no Brasil, "As Noites da Arábia"), mostrando o país em que se passa a história, e em seguida, o antagonista Jafar obriga um homem a entrar em uma caverna e recuperar algo que este pretende possuir.
O Rei Leão se inicia também com uma certa movimentação no reino dos animais, afinal todas os animais estão indo assistir à um evento grandioso, o nascimento do Rei Mufasa. Aqui, é executada a famosa canção "Circle of Life" (aqui no Brasil, "O Ciclo Sem Fim"), e a cena em que Simba é erguido pelo macaco Rafiki.

2 - O sonho de cada personagem e a música que eles cantam

O sonho de Ariel, "a pequena sereia", é ser uma humana, e conforme mostra ao peixe Linguado todos os objetos dos humanos que adquiriu ao longo do tempo, canta a música "Part of Your World" ("Parte do Seu Mundo").


Bela também tem um sonho. Ela desejo sair daquele vilarejo monótono e sem-graça em que vive, e isso fica bem claro enquanto cumprimenta os moradores da cidade (e vice-versa) com a canção "Bonjour".


Em sua música, "Correr Para Viver", Aladdin conta como é sua rotina de roubar para poder comer. Ele não diz claramente na música, mas obviamente ele quer que sua vida mude e ele não precisa mais praticar tal ato.


Dessas quatro, a situação de Simba é a mais famosa, afinal, o que ele quer mais é ser rei!


3 - O acontecimento que muda a vida do personagem

Este é o momento em que a história avança. Por exemplo... quem já viu este filme, sabe que Ariel salva a vida do Príncipe Eric e se apaixona por ele. Depois, isso faz ela procurar a bruxa Ursula e querer se transformar de vez em uma humana.

O pai de Bela acaba se perdendo no meio da floresta e uma Fera grande e terrível o aprisiona. Quando ela fica sabendo, vai atrás dele e decide ser a prisioneira monstro em seu lugar. Esse é o acontecimento que faz a história chegar à trama principal.

E o que acontece quando Aladdin é enganado por Jafar, entra na caverna das maravilhas e lá fica preso? Ele encontra a conhecida lâmpada maravilhosa, onde habita um gênio que lhe concede três desejos. Aí a história decola.

E, novamente, o mais comum dos quatro casos, o tio invejoso de Simba, Scar, arma uma cilada: a debandada dos gnus (animais africanos). Lá, Simba se perde, seu pai tenta salvá-lo e acaba morrendo. Simba, culpado, foge.

4 - O que acontece com o personagem depois?

Aqui, a trama se desenrola. Ursula transforma Ariel em uma mulher de verdade, e lhe diz que o príncipe deve lhe dar um beijo antes do anoitecer do terceiro dia.

A Bela e a Fera se apaixonam.


Aladdin se passa pelo Príncipe Ali com o objetivo de se casar com a Princesa Jasmine.


Simba, perdido, conhece Timão e Pumba, que o ensinam uma nova filosofia de vida: Hakuna Matata.


5 - Momento romântico

Ariel e Eric passeiam de barco, enquanto Sebastião e outros peixes cantam "Beije a Moça" para que ela consiga o beijo antes do terceiro dia e não pertença a Ursula.


Os objetos falantes limpam todo o castelo da Fera para a cena mais conhecida do filme: a dança entre a Bela e a Fera, enquanto a chaleira canta uma música com o mesmo título do filme.


Uma das músicas mais conhecidas da história do cinema, "Um Mundo Ideal" ajuda o clima romântico da cena em que Aladdin e Jasmine passeiam com o tapete mágico.


Nala aparece e convence Simba a voltar e enfrentar seu tio. Já adultos, eles vivem um romance, depois de anos sem se ver. "Nesta Noite o Amor Chegou" é a música da vez.


O combate final

Isso não é surpresa, pois a maioria dos filmes tem um "combate final", onde os vilões são enfrentados pelos protagonistas.

E finalmente, todos vivem felizes para sempre.

Como vocês puderam ver (ou não), todos esses filmes - e muitos outros da Disney - seguem exatamente este formato de roteiro. Mas, obviamente, isso não tira nenhuma das inúmeras qualidades que esses quatro filmes possuem.

sábado, 5 de março de 2011

O tempo só lhes fez bem

Helen Mirren, a atriz sessentona mais linda de que se tem notícia


"Tempo, tempo, tempo, mano velho
[...] Tempo amigo, seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final"
("Sobre o Tempo", Pato Fu)

O tempo é misterioso. Passa e nunca mais retorna. E com ele, tudo muda. Por exemplo... ficamos mais velhos. Há aquelas pessoas que detestam saber que com o tempo ficará mais velha, até atingir uma certa idade com a pele enrugada, cabelos grisalhos, (como foi o caso de Anita Ekberg) e por aí vai. Provavelmente, ninguém quer isso - querem ser jovens e lindos para sempre.

Mas há, é óbvio, milhares de pessoas mais velhas lindas (muitas vezes, mais bonitas que bilhões de pessoas jovens), como a Helen Mirren, que já passou dos sessenta e ainda passa por cima de muitas atrizes de vinte  e poucos aninhos.

E há o caso das pessoas que, com o tempo, ficam ainda mais lindas, provando de que o tempo não é tão mau, afinal. Vamos ver agora uns casos de algumas atrizes que só melhoraram com o tempo.

Susan Sarandon
Susan Sarandon antes




Susan Sarandon depois

Sarah Jessica Parker
Sarah Jessica Parker antes

Sarah Jessica Parker depois
 
Demi Moore
Demi Moore antes

Demi Moore depois
E o melhor caso:
Michelle Pfeiffer
Michelle Pfeiffer antes

Michelle Pfeiffer depois
Quem são as velhas agora?

sexta-feira, 4 de março de 2011

Filmes de Terror que Você Nunca Viu

"Edward Mãos de Tesoura", um dos filmes mais perturbadores já feitos

"Nunca julgar pela capa" é uma regra importante na hora de escolher algum filme para assistir, pois as aparências enganam, e às vezes você pode começar a ver um filme e se surpreender quando perceber que ele não é nada daquilo que você pensou, como Atividade Paranormal e Borat.

Separamos abaixo os trailers de alguns filmes de terror que obviamente você não deve ter visto achando que se tratava de um musical colorido e feliz para toda a família ou uma comédia para se assistir no SBT pela 14ª vez. Aqui, mostramos que vocês estão completamente enganados.

Esqueceram de Mim
Na véspera de Natal, uma família americana aparentemente comum esquece seu filho Kevin em casa, mas de repente, coisas estranhas começam a acontecer. Um filme assustador e que não deve ser visto quando estiver sozinho.


A Fantástica Fábrica de Chocolate
Cinco crianças "sortudas" acabam por entrar na misteriosa fábrica de chocolates de Willy Wonka. Porém, acabam descobrindo que lá é um lugar demoníaco e assombrado por espíritos malignos, assim como o próprio psicopata Willy Wonka, que fará de suas vidas um inferno.



A Noviça Rebelde
Uma noviça vai trabalhar na casa de um capitão da Marinha que trata seus sete filhos com forte disciplina. Com o passar do tempo, percebe que há algo muito estranho naquela casa e, sozinha, vê-se determinada e acabar com o mal que ali habita. Um filme para toda a família... morrer de medo.


Meninas Malvadas
Uma escola de ensino médio sofre com a rivalidade entre Regina George, a garota mais popular do colégio, e Cady Haron, uma recém-chegada sedenta por vingança. O ódio que uma mantém pela outra e seus atos macabros prometem mexer com a estrutura de todo o colégio.


Crepúsculo
Bela Swann é uma adolescente que acaba conhecendo e se interessando por Edward, um garoto novo em seu colégio. Mas descobre que, infelizmente, Edward é um vampiro sanguinário e macabro, que quer provar de seu sangue. Um suspense alucinante!


O Fabuloso Destino de Amélie Poulain
Esse é o filme mais enganador da lista. Pela capa, parece ser tudo, exceto um filme sobre uma moça psicopata e sádica que quer destruir a vida de todo mundo e passar por cima de qualquer um que entra em seu caminho. Possui uma das melhores e mais impiedosas vilãs do cinema.


O Maskara
Um filme de terror com Jim Carrey, onde esse interpreta um homem que encontra uma máscara demoníaca, feita por um demônio das profundezas, e nela reside eternamente sua alma atormentada e assassina. Pode ser encarado como um delicioso filme trash: um filme cheio de exageros, mas que provavelmente lhe causará uma terrível incontinência urinária na hora de dormir.


Mary Poppins
Tão diabólico quanto sua dona, esse nome assusta a qualquer criança que conhece a lenda urbana de Mary Poppins - uma babá com poderes sobrenaturais e os usa em favor do caos e da vilanidade. O problema é que os pobres Jane e Michael Banks descobrem que ela existe e, pior, está em sua casa!


Edward Mãos de Tesoura (foto no início da matéria)
Provavelmente o filme mais assustador da lista, um grupo de adolescente entra em um grandioso e abandonado castelo. Tal ato liberta a fúria do espírito que lá vive, e se materializa na forma de um homem com tesouras no lugar de suas mãos. E agora que tal criatura está livre pela cidade, não há onde se esconder. Simplesmente perturbador!

Então, agora você já sabe: se estiver à procura de uma opção de um bom filme assustador, que chegue a gelar a espinha e fazer você ficar três meses sem dormir só pensando em como a vida seria mais bela se fosse cor-de-rosa, escolha um dos inassistíveis filmes acima.
Mas tome cuidado... e não diga que eu não te avisei.


ESPAÇO DO LEITOR




Conhece mais algum filme tão assustador quanto os citados acima? Qual?
Deixe sua resposta nos comentários. (:

quinta-feira, 3 de março de 2011

Os maiores vilões do cinema moderno

5º - Mary ("Preciosa" - 2009)

4º - Coronel Hans Landa ("Bastardos inglórios" - 2009)

3º - Anton Chigurn ("Onde os fracos não têm vez" - 2007)

2º - Coringa ("Batman-O cavaleiro das trevas" - 2008)

1º - O cinema (França, 1985)
O cinema está em decadência desde a virada do milênio. Fato. A franquia Harry Potter, a trilogia O senhor dos anéis, os musicais Moulin Rouge e Chicago e as ótimas animações da Pixar deram nova vida ao cinema e seguraram as pontas no começo dos anos 2000, mas ainda assim Hollywood precisou e teve que apelar para o mundo das histórias em quadrinhos pra manter o cinema e fazê-lo virar o que é hoje. Adaptações de livros não eram mais o suficiente, e a indústria dos videogames ainda não conseguiu emplacar nada regular na sétima arte. O 3D tinha que aparecer para salvar o mundo, e realmente salvou o mundo do cinema pelo menos durante um tempo! A franquia Batman e Homem-aranha, de Christopher Nolan e Sam Raimi, e mais filmes como Avatar e A origem fazem bem ao cinema, pois fazem muito dinheiro, prêmios e alimentam os sonhos de quem ainda quer trabalhar nessa fábrica de ilusões.

E assim, aos trancos e barrancos, Hollywood apela aos poucos para o cinema internacional, cheio de legendas (Algo que os americanos por ser um povo extremamente mimado pela própria cultura não suporta), e agora recorre para os bons e velhos contos de fada, pois Alice do Tim Burton virou uma das maiores bilheterias da história. A criatividade está em algum lugar fundo e escuro do bueiro das idéias. É por isso que em tempos que o Oscar prefere dar suas honras máximas á algo conservador em vez de ter a oportunidade de premiar algo moderno e de grande apelo popular e intelectual, Hollywood encontra nela o próprio monstro!

terça-feira, 1 de março de 2011

Lobby aos Weinstein

Ao contrário do que muitos pensam, o Oscar não é somente uma premiação de uma única noite, onde estrelas do mais alto escalão de Hollywood exibem seus trajes no luxuoso tapete vermelho do Kodak Theatre. A Academia de Artes e Ciências de Hollywood, responsável pela organização dos chamados “Academy Awards”, promove ano a ano uma verdadeira competição pelo Oscar principal. São meses de preparação, disputa e muita jogatina escondida para que o grande vencedor seja coroado na frente de mais de 1 bilhão de espectadores de todo o mundo.


Como em todos os anos, diversas premiações divulgaram suas listas dos melhores filmes do ano que passou, até que aqueles que mais estiveram presentes nelas acabaram por tornar-se os favoritos às indicações do Oscar. Há pouco mais de um mês, a Academia anunciou a lista de nomeados nas 24 categorias da 83ª edição deste que é considerado o prêmio mais relevante da indústria cinematográfica. Desde então, travou-se uma disputa acirradíssima pelo troféu de Melhor Filme. Pra quê? A cerimônia, apresentada da noite do último domingo pela dupla de jovens atores Anne Hathaway e James Franco, foi uma das mais previsíveis dos últimos anos. São tantos prêmios que servem como parâmetro para medir os indicados e vencedores do Oscar que já não fica difícil prever quais os concorrentes que levarão o tão cobiçado prêmio pra casa, desde o Globo de Ouro, conhecido prêmio que deixou de ser ante-sala para o Oscar há muito tempo, até todos os prêmios dos sindicatos norte-americanos. É quase sempre possível assistir à cerimônia dos Academy Awards já tendo em vista o grande vencedor. Este ano não foi diferente, embora o percurso para a conquista do grand prix tenha sido um tanto quanto atípico.


A Rede Social, aclamado pelo público e crítica como uma obra-prima moderna e com potencial de clássico, vinha levando todos os prêmios que via pela frente desde dezembro. Assim como seu diretor David Fincher (de Clube da Luta e O Curioso Caso de Benjamin Button), o filme já era considerado o grande favorito a conquistar as principais categorias do Oscar 2011, até mesmo antes dos indicados serem anunciados. “The Social Network” recebeu 8 indicações, incluindo as principais Filme, Direção, Ator (para o jovem e excelente Jesse Eisenberg, que interpreta o criador do Facebook, Mark Zuckerberg), Roteiro Adaptado, Mixagem de Som, Fotografia, Montagem e Trilha Sonora. Pode-se dizer que recebeu destaque naquilo que merecia e, só dando uma olhada nas indicações, já era possível prever que tratava-se de um filme com perfil de vencedor do Oscar. Mas não segundo Harvey Weinstein.


Conhecido mundialmente pela produção de grandes vitoriosos do Oscar e também dos melhores filmes de Quentin Tarantino, o produtor norte-americano Harvey Weinstein passou por um longo período de ostracismo no Oscar. Ainda que presente muitas vezes como produtor executivo de produções bem sucedidas como a trilogia O Senhor dos Anéis, Chicago, O Aviador, O Leitor e Bastardos Inglórios, Weinstein demorou mais de uma década para voltar a figurar entre os grandes e poderosos nomes do Oscar. A última vez que esteve realmente em destaque foi em 1999, quando, sabe-se lá de que forma, conseguiu dar o Oscar de Melhor Filme a Shakespeare Apaixonado, ignorando os evidentes filmes de guerra, O Resgate do Soldado Ryan e Além da Linha Vermelha. Weinstein voltou em 2011, mais uma vez como produtor executivo daquele que viria a ser o grande nome da noite dos Academy Awards. O Discurso do Rei, do diretor britânico Tom Hooper, arrematou 12 indicações, todas muitíssimo bem justificadas pela excelência técnica e pelas ótimas intepretações dos três principais atores do elenco. Pode-se afirmar que “The King's Speech”, ao contrário de “A Rede Social”, é um filme feito na medida para ganhar prêmios. Você deve conhecer outros exemplares do gênero, como Uma Mente Brilhante, Gladiador, Cold Mountain, O Aviador, Memórias de uma Gueixa, Titanic e tantos outros que vimos por aí. Nem todos levaram o Oscar pra casa, é verdade, mas cada um deles carrega em seu enredo um mesmo perfil: filme de época, com design apurado, preferência por atores de alto escalão (muitos deles com o típico charme inglês que, bem, somente os ingleses possuem), com uma história ingênua e “mamão com açúcar” e com pitadas de humor fino que não fazem mal a ninguém. É a típica marca “Weinstein”. “O Discurso do Rei”, assim como “Shakespeare Apaixonado”, tem todas essas características. Somando-as ao número total de indicações e todo o lobby existente por baixo dos panos na Academia, qual o resultado final? O Oscar de Melhor Filme. E não foi exatamente isso que se sucedeu?


Embora “A Rede Social” tenha conquistado a maior parte dos prêmios que disputou, a derrota nos sindicatos representou a ameaça de perder o Oscar principal e seus derivados. Como forma de procurar justificar-se, os sindicatos americanos premiaram “O Discurso do Rei” e o colocaram logo acima como o franco favorito ao prêmio mais importante da noite, uma reviravolta que aconteceu nos últimos instantes da corrida pelo Oscar.


A intenção desse texto, como deve ser reparado, jamais foi fazer uma análise da cerimônia do Oscar 2011 em si, mas da forma como é visto o prêmio principal e de como a Academia de Hollywood não consegue fugir da previsibilidade de seus desencadeamentos. A 83ª edição do Oscar, ainda que bastante diferente das anteriores, com dois apresentadores jovens e bastante conhecidos por trabalhos no cinema e um formato mais informal, ficará marcada como uma das cerimônias mais previsíveis e enfadonhas de todos os tempos. Steven Spielberg, prestes a anunciar a vitória de “O Discurso do Rei” em Melhor Filme, disse que os derrotados da categoria se juntariam ao time formado por Cidadão Kane, A Felicidade Não se Compra, Crepúsculo dos Deuses, Apocalypse Now e Touro Indomável. Ora, quem tem potencial de clássico aqui é “A Rede Social”, o qual vem sendo chamado de “Cidadão Kane do século XXI”. E quem venceu o Oscar? O drama biográfico mamão com açúcar de um diretor que quase ninguém tinha ouvido falar e que levou quatro das doze estatuetas que disputava pra casa. Enquanto produções de luxo, de grande apuro técnico e alcance intelectual são ignoradas, como A Origem, que acabou por levar também quatro prêmios, e Cisne Negro, que deu o Oscar de Melhor Atriz para a lindíssima e gravidíssima Natalie Portman, venceu uma produção bonita, que não deixa de ser interessante, mas que não representa nada além do que apenas um bom filme. Com beleza técnica e atuação primorosa do seu protagonista Colin Firth, “O Discurso do Rei” é um filme fadado a cair no esquecimento, enquanto seus concorrentes, assim como “Cidadão Kane”, “Crepúsculo dos Deuses” e “Apocalypse Now”, por exemplo, continuarão na memória daqueles que o assistem por muito tempo.


Texto de Vinicius de Vita (@viniciusdevita), colaborador do blog.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

6 lições que podemos aprender com o Oscar 2011

6 - Trabalhe na Pixar.

E arrume um lugar na prateleira. O Oscar já é seu!

5 - Faroestes dificilmente são premiados hoje em dia.

A belíssima fotografia de O assassinato de Jesse James, a eficiente trilha sonora de Os indomáveis, a ótima atuação de Robert Duvall em Get Low e todos os adjetivos possíveis para Bravura indômita... Bom, cavalos e tiroteios não são chaves para um Oscar.

4 - James Franco se sobressai à uma Mulher-gato.

3 - Natalie Portman é a grávida mais linda do mundo.

2 - O Oscar quer desesperadamente o público jovem.

Me lembrou um pouco o MTV Movie Awards em alguns momentos, perdão. Só faltaram as fãs de Crepúsculo, mas o Oscar ainda é uma festa de cinema. Próximo!

1 - O Oscar ainda vive na década de 50.

“Porque premiar um filme sobre uma rede social quando se pode premiar um filme de época extremamente acadêmico? Vamos aprender com os políticos, que se dane a vontade de quem nos prestigia..."